quinta-feira, 12 de abril de 2018

Bolonha “Bologna” – Um dia na cidade das torres.


A primeira imagem que nos vem a mente quando falamos em Bolonha é o molho de carne moída com tomates que no Brasil conhecemos como molho à bolonhesa, o “ragù alla bolognese” tradicional é servido com a massa “tagliatelle” e não com “spaghetti” como no Brasil.  Outra curiosidade que descobri nas minhas leituras e andanças pela cidade é que ela tem vários apelidos, já foi conhecida como “la dotta” (a doutora), pois foi sede da primeira universidade da Europa,  “la turrita” (a cheia de torres), houve um dia que  mais de 100 torres existiam ali, La Rossa (A Vermelha) em função os prédios medievais de terracota e claro voltando a gastronomia também pode ser chamada de “la grassa“ (a gorda)  esse  apelido é quase um aviso de como você pode sair de Bolonha ou da região da Emília Romagna depois de alguns dias provando as suas maravilhas culinárias que eu garanto, vão além do ragu ala bolognese.  Vamos mudar de assunto porque esse definitivamente não é um blog  de culinária e a cidade tem vários pontos a serem visitados.

Capital e maior cidade da região da Emilia Romagna, Bolonha  é a cidade dos pórticos, são quase 40 km de corredores de arcos abaixo dos edifícios, e essa foi a minha primeira visão saindo da estação central de trem e entrando na Via Indipendenza, particularmente amei caminhar pelos pórticos protegida da chuva fraca do outono.  

No início da Via Indipendenza avisto o “Parco della Montagnola” primeiro verdadeiro jardim público em Bolonha e está localizado bem próximo à estação de trem no centro histórico.

Seguindo pela via passei pela “Cattedrale Metropolitana di San Pietro” , a biblioteca “Salaborsa”  um centro cultural no interior do “Palazzo d'Accursio”, a Fonte de Netuno e tantos outros palácios até chegar a “Piazza Maggiore”.

No coração da cidade a “Piazza Maggiore” concentra edifícios importantes como a Basílica de San Petronio, o Palazzo dei Notai, o Palazzo d'Accursio, o Palazzo del Podestà e o Palazzo dei Banchi.

A Basilica de São Petrônio é a principal igreja de Bologna sua construção começou 1390 seguindo lentamente por mais de cem anos. Os trabalhos de construção só foram conclusos em 1659 sem seguir até o final o que seria o projeto original, por isso é possível ver na foto a fachada da igreja que parece inacabada, a igreja abriga ainda o maior relógio de sol do mundo.

Estrategicamente colocado no ponto de entrada para a cidade da antiga Via Emilia, as duas Torres Garisenda e Asinelli são a imagem simbólica de Bolonha "la turrita", se você tiver disposição é possível subir na torre e ter uma visão panorâmica do centro histórico.

Esses são apenas os pontos históricos que visitei numa breve parada pela cidade, mas não se engane a cidade tem muito a oferecer culturalmente e historicamente, um dia é sempre pouco para conhecer qualquer lugar no mundo.


segunda-feira, 12 de março de 2018

Rimini – Emilia Romagna



Ainda lembro da sensação ao abrir a cortina do quarto do hotel e ver aquele mar azul, rapidamente comecei a cantarolar a musica do Nando Reis A Letra A “...A gente só não inventa a dor/ A gente que enfrenta o mal / Quando a gente fica em frente ao mar / A gente se sente melhor...” .
Localizada no Mar Adriático a cidade de Rimini possui as praias mais procuradas da Rivieira Italiana, mas não pense que o balneário só deva ser visitado no verão. Muito além de praia e sol, a cidade natal do cineasta  Federico Fellini oferece também cultura e história aos seus visitantes.
O centro histórico é pequeno sendo  possível conhecer os principais pontos turísticos em um ou dois dias se incluir museus.
A “Piazza Cavour” tornou-se o centro da vida comercial e política da cidade no início da Idade Média e continua a ser extremamente importante nos negócios sociais, políticos e comerciais da cidade.  Além dos prédio públicos, dos restaurantes e cafés, ao centro da praça  está a  “Fontana della Pigna”  que foi originalmente erguida na era romana em 1543, explorando a origem da água de um poço a cerca de 900 m, realizando esta função até 1912, quando o aqueduto público foi inaugurado.  Ao lado da fonte vemos a estátua de bronze do Papa Paulo V um registro de agradecimento da cidade de Rimini ao governante da igreja católica de 1605 a 1621.
Praticamente uma extensão da Praça Cavour é a “Piazza Tre Martiri” que leva esse nome em homenagem a três jovens partidários que foram presos, torturados e enforcados na praça pelas tropas alemãs no verão de 1944, originalmente a praça se chamava “Piazza Giulio Cesare”.  Prédios históricos como o “Palazzo Brioli” , “Palazzo Tingoli”, a “Torre dell'Orologio” construída em 1947 e estabelecimentos comerciais completam  a movimentada praça.
 O “Arco de Augusto” foi dedicado para o imperador Augusto pelo senado romano em 27 a.C. e é o mais velho arco romano que sobrevive. O original é só a parte branca; as fortificações construídas no alto são medievais, do século X.
A “Ponte di Tiberio” foi encomendada pelo imperador Augusto, em 14 d.C., mas só foi concluída sete anos depois. Nessa época, Tibério era o imperador e nomeou a ponte em homenagem a si mesmo que liga o centro da cidade ao bairro Borgo San Giuliano.  O “Castel Sismondo” estava em obras e fechado para visitas quando estive em Rimini, de qualquer forma sua construção é grandiosa.
 “Domus Del Chirurgo”   cercado por paredes de vidro pode-se ver as escavações e é possível admirar os pisos de mosaico, infelizmente estava fechado para visitas.
“Tempio Malatestiano”, principal lugar de culto católico da cidade a catedral da cidade homenageia São Francisco de Assis e foi construída em estilo gótico.
Esses foram os lugares que eu visitei, porém há muitos outros pontos a serem visitados como: Anfiteatro Romano, Porta Galliana, Chiesa di Sant’Agostino, museus e etc.
Não saia de Rimini sem:
Provar a piadinha, uma massa fininha e crocante recheada com os mais diversos sabores, Piadina é para Rimini como Pizza é para Nápoles;
Beber um café e observar as pessoas em uma das praças do centro histórico;
Comer uma refeição a base de frutos do mar;
E claro, se estiver quente aproveitar as praias e as festas.
Agradecimento a um amigo querido que me acompanhou num rápido tour pelo centro histórico e me fez ficar com vontade de voltar e conhecer melhor essa cidade.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Arezzo em 1 dia.



Arezzo é mais uma daquelas cidade que é possível fazer um bate e volta a partir de Firenze, a viagem dura entre 32 min e 1h30m dependendo do horário e do trem escolhido, o bilhete varia entre 8,40 e 14,00 euros (nov.17), no site da Trenitália é possível conferir os horários e comprar o bilhete ou ir diretamente nas máquinas na estação.
Comece seu dia conhecendo a “chiesa santissima annunziata”, erguida entre os séculos XV e XVI, no altar de mármore contém uma imagem do século XV da Madonna em terracota.
Depois visite a ““Badia di Santa Flora e Lucilla” construída por monges beneditinos no século XIII e dedicado aos santos Flora e Lucilla.
Siga para a “Basilica di San Francesco”, erguida em homenagem a São Francisco de Assis, foi a segunda igreja
construída pelos franciscanos em Arezzo. A construção foi iniciada por volta de 1290 e sua fachada nunca foi terminada. Em frente a Piazza de San Francesco, onde está localizada a igreja de mesmo nome há o café “dei constante”, uma parada para um descanso, um lanche, ou até mesmo um almoço dependendo da hora é uma boa pedida, ali se reúnem locais para conversarem e apreciarem o movimento.
Depois do descanso necessário, pois a cidade é repleta de morros, vá em direção a catedral.  A Catedral é dedicada a São Donato, foi construída sobre uma igreja cristã primitiva que assinalava o local da tumba de São Donato. Sua fachada foi refeita no começo do século XX, mas todo o interior mantém-se praticamente intocado.
No centro de Arezzo a “Piazza Grande” é reconhecida por aqueles que assistiram o filme A vida é Bela, principal praça da cidade foi cenário do filme. É nela também que acontece a “Giostra del Saracino”, nos meses de junho e setembro, uma manifestação medieval muito conhecida em toda Itália.
Na praça é possível observar prédios históricos e também visitar a Igreja de Santa Maria della Pieve, do século XIII, o Palácio Cofani-Brizzolari, e a Torre Faggiolana.
O dia até aqui é longo e cansativo, mas eu indico mais uma parada voltando para a estação central de trem, no “Anfiteatro Romano”, um sitio arqueológico romano. Inicialmente para Roma, Arezzo era um lugar para conquistar, para ser subtraído dos etruscos. Isso aconteceu no século III a.C. Então, tornou-se uma ponte, um ponto de parada para seus movimentos para o norte. Mais tarde, Arezzo tornou-se uma importante guarnição de Roma e muitos romanos se mudaram para esta cidade de Etruria, daí a necessidade de criar obras adaptadas aos seus hábitos e costumes.
Então, nasceu nas primeiras décadas do século II dC este grande anfiteatro localizado ao sul da cidade murada.
A cidade dispõe de tantos outros lugares a serem visitados, se você tiver mais de um dia na cidade pode dividir este roteiro e ainda acrescentar locais como a Casas de Petrarca (famoso poeta) e Giorgio Vasari (pintor e arquiteto), Parques, Museus e tantas outras igrejas. 
A imagem abaixo foi o meu roteiro de um dia na cidade.